Controverso escritor e jornalista britânico Christopher Hitchens, morreu ontem em Houston, EUA, aos 62 anos, vítima de cancro.
Considerado um dos intelectuais mais polémicos e influentes dos últimos 30 anos, o autor de "Deus não é grande" que disse que aceitaria ser o porta-voz do Presidente Barack Obama, morreu ontem nos EUA, de cancro. A doença foi-lhe diagnosticada em junho de 2010, quando se preparava para lançar o seu livro de memórias "Hitch-22".
A morte de Christopher Hitchens - escritor, crítico literário e jornalista britânico - foi anunciada pela "Vanity Fair", publicação para a qual escrevia desde 1992. Segundo a revista, "nunca haverá ninguém como ele", um "crítico incomparável, sagaz, destemido e um bom vivant".
Destacou-se como correspondente de guerra, tendo estado na Polónia, Checoslováquia, Argentina e em Portugal, onde chegou em 1975 para fazer a cobertura da revolução. Trabalhava então para a revista de esquerda britânica "New Stateman".
Um dos quatro "Cavaleiros do Apocalipse"
Além de "Deus não existe", a sua antologia sobre o ateísmo, e "Deus não é grande", escreveu também "Cartas a um jovem dissidente", "A vitória de Orwell", "Amor, beleza e guerra" e "O julgamento de Henry Kissinger". Os seus alvos, afirma Peter Wilby que assina o seu obituário no jornal "The Guardian", eram os que abusavam do poder.
Apontado como um dos quatro "Cavaleiros do Apocalipse" - juntamente com os ateístas Richard Dawkins, Sam Harris e Daniel Dennett -, afirmava-se um crente nos valores filosóficos do iluminismo.
Hitchens radicou-se nos EUA em 1981 e colaborou com publicações dos dois lados do Atlântico, como a "Vanity Fair", "Slate", "The Nation", "The New York Times Review of Books", "The Times Literary" e "National Geographic", entre outras.
Nascido em 1949 em Portsmouth, no Reino Unido, morreu no hospital MD Anderson Cancer Center, de Houston, com a mesma doença que vitimou o seu pai.
Segundo o jornal "The Guardian", "ninguém escreveu com tanta confiança e paixão sobre aquilo que os americanos chamam "liberalismo" e Hitchens (achando o termo liberal muito invasivo) chamou "socialismo".
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