Um outro olhar sobre o mundo

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Teoria dos Mandamentos Divinos


A teoria dos mandamentos divinos

Teoria dos mandamentos divinos: Os juízos morais têm valor de verdade, ou seja, são verdadeiros ou falsos. Por isso, existem factos morais. A verdade ou falsidade dos juízos morais depende da vontade de Deus. O certo e o errado, o bem e o mal morais, são convenções estabelecidas por Deus.

- A teoria dos Mandamentos Divinos exprime a ideia de que a ética se baseia na religião.
- Existem factos morais, portanto, os nossos juízos morais são verdadeiros ou falsos, mas esses factos dependem da vontade de Deus.
- A teoria dos Mandamentos Divinos oferece-nos uma resposta para a questão de como poderão os juízos morais ser universais.
- De acordo com os defensores desta teoria, os critérios para o certo ou errado foram estabelecidos por Deus.
- Esta teoria, tal como o relativismo cultural, é convencionalista. Ou seja, as acções são certas ou erradas porque alguém assim o estipulou.
- Os defensores da teoria dos mandamentos divinos acreditam que a moral é absoluta, igual para todos os homens, seja qual for a época e cultura em que vivem.

Resumo:
- Os juízos morais têm valor de verdade, que depende dos factos e não variam de sujeito para sujeito.
- Os factos morais resultam da vontade de Deus.
- Dizer «X é bom» ou «X é moralmente correcto» significa «Deus aprova X»;
- Dizer «X é mau» ou «X é moralmente errado» significa «A Deus reprova X».


O dilema de Êutifron
Mentir é errado porque Deus reprova a mentira ou Deus reprova a mentira porque mentir é errado?
Resposta

Mentir é errado porque Deus reprova a mentira.
Deus reprova a mentira
porque mentir é errado.
Consequência da resposta


A Moral consiste em actos arbitrários. Se Deus tivesse aprovado a mentira, mentir não seria errado.
Mentir é errado independentemente
da vontade de Deus. Deus não é o fundamento da ética.

O dilema de Êutifron coloca o defensor da Teoria dos Mandamentos Divinos numa posição difícil, pois não pode aceitar nenhuma das opções: ou os factos morais não dependem da vontade de Deus (e lá se vai a omnipotência), ou as decisões de Deus são arbitrárias.    

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